SEM NOME
Batiam os sons das tuas pisadas
De nada valiam as nossas risadas
Apenas os teus ais me davam alento
Como meu alimento.
Mil vezes te disse : “Te amo”
Mais mil outras vezes maior o meu dano
Mas eu guardava como um tesouro
O cheiro desse teu corpo de ouro.
Onde águas limpas eram seu manto
Sacrário desse teu nome santo
Custódia dos mil amparos
Desses ais de si já raros.
De tão fortes e desejadas
Entrelaços e cruzadas
Bandeiras de tantos amores
Onde já só guardam dores.
E lá nos confins dos céus
Riscolhos e guardiões meus
Elmos e lanças minhas
Só de risadas rainhas.
E ali é tal o meu tormento
Que só teus ais me dão alento.
ia-Isaurindo Abegão
24.06.2011
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